Gestão da Unimed Cuiabá planeja ‘entregar’ cooperados à ANS
Os gestores da Unimed Cuiabá estão próximos de enfrentar um bloqueio administrativo de bens, consequência do não cumprimento de um plano criado por eles mesmos – sem qualquer consulta prévia aos cooperados. Agora que esses cooperados rejeitaram o plano em Assembleia Geral Extraordinária (AGE), os dirigentes estão montando uma estratégia de defesa cujo objetivo é fugir das próprias responsabilidades, transferindo à ANS a ideia de que as punições devem recair sobre os cooperados, e não sobre os gestores.
GERAL
Redação
4/29/2025
Amanhã, dia 30 de abril, termina o prazo para que a diretoria da Unimed Cuiabá cumpra o plano que apresentou à ANS. Como o plano não foi executado, é natural que a agência reguladora determine o bloqueio administrativo dos bens e contas bancárias dos atuais dirigentes.
Para escapar das consequências, os gestores planejam argumentar junto à ANS que não têm poderes nem responsabilidade para cumprir as medidas, já que a Assembleia de cooperados decidiu de forma contrária ao proposto pelos dirigentes.
“Nós não podemos”
Durante a Assembleia, Aguiar Farina afirmou explicitamente: “nós, gestores, não podemos ir contra o plano que apresentamos; mas vocês podem”.
Na verdade, eles poderiam votar livremente na Assembleia. A única razão para alegarem esse “impedimento” é concretizar a estratégia que já vinham planejando: fugir das responsabilidades e lançar a culpa sobre os cooperados.
Para criar uma evidência que fortaleça esse discurso, a cooperativa enviou aos cooperados, após a AGE, um documento reafirmando todos os pontos que a gestão tentou aprovar e que foram rejeitados pela maioria.
“Esperávamos”
Nos bastidores, o presidente Bouret já admite abertamente que esperava esse resultado na Assembleia e que agora pretende utilizá-lo como base para sua defesa junto à ANS.
Se essa linha de argumentação for acolhida pela agência reguladora, as consequências poderão injustamente recair sobre os cooperados.
A fim de resguardar cooperados, o IBC notificará a agência reguladora de que o plano não foi discutido previamente com cooperados, que votação ocorreu no limite do prazo e que determinações de Assembleias anteriores – como a de abertura do Hospital – não haviam sido cumpridas pelos dirigentes.
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O IBC está sempre disposto a ouvir o outro lado e a conhecer as proposições da gestão para este ano. Contatos a respeito das matérias devem ser feitos pelo email: rp@brasilcooperado.org
