

Escritório do Corregedor-Geral da OAB-MT comete crime de patrocínio simultâneo contra Unimed e beneficiária
O escritório Spadoni Jaudy Advogados, que tem como sócio o Corregedor-Geral da OAB-MT, Jorge Jaudy, e que recebe da Unimed Cuiabá honorários recordes de R$322 mil mensais, praticou graves crimes de patrocínio infiel e simultâneo (art. 355), agindo ilegalmente e ocultamente em favor de partes contrárias no mesmo processo judicial.
GERAL
Redação
5/16/2025


O Instituto Brasil Cooperado (IBC) descobriu um esquema ético-criminal envolvendo diretamente o escritório Spadoni Jaudy Advogados, contratado pela Unimed Cuiabá por um valor sem precedentes. Entenda o caso:
O início
No início de 2023, uma beneficiária (cliente) da Unimed Cuiabá procurou o escritório para ingressar com ação contra a operadora de saúde. À época, Spadoni Jaudy advogados não estavam trabalhando para a Unimed Cuiabá.
Como, no entanto, havia uma expectativa de retorno aos quadros da cooperativa, a ação inicialmente foi repassada ao advogado Vinícius Kenji, integrante da banca Spadoni Jaudy, que assumiu isoladamente o caso.
Após o retorno oficial do escritório à Unimed Cuiabá, com honorários históricos, Kenji transferiu formalmente o processo para o escritório Domingues Advogados, com o objetivo aparente de afastar conflito ético – uma vez que Kenji passou a integrar a banca de advogados do escritório Spadoni Jaudy em vários outros processos da Unimed Cuiabá.
Esquema oculto
No entanto, investigações demonstraram que essa transferência foi apenas formal, pois os documentos protocolados posteriormente pelo escritório Domingues continham metadados produzidos no computador de Fernanda Arenhart, funcionária do Spadoni Jaudy Advogados e noiva de Kenji.
As irregularidades são ainda mais graves: no dia 26 de agosto de 2023, uma impugnação protocolada por Domingues Advogados, representando a beneficiária contra a Unimed, foi criada por Fernanda Arenhart. Em nova petição, em 20 de outubro de 2023, novamente o arquivo foi gerado por Arenhart.
Surpreendentemente, em março de 2024, o advogado interno da Unimed Cuiabá, Darlan Fares, protocolou quesitos periciais em favor da operadora, e, novamente, o documento havia sido produzido por Fernanda Arenhart, comprovando claramente que, ocultamente, o escritório Spadoni Jaudy estava atuando para ambas as partes no mesmo processo judicial.
Quem vigia o vigia?
A gravidade do caso aumenta pelo envolvimento de figuras institucionais relevantes. Jorge Jaudy ocupa o cargo de Corregedor-Geral da OAB-MT, sendo responsável máximo por fiscalizar e punir desvios éticos. Vinícius Kenji é Diretor-tesoureiro da Caixa de Assistência dos Advogados (CAA-MT), posição estratégica na gestão financeira da entidade.
Diante das evidências contundentes, o Instituto Brasil Cooperado exige publicamente da presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, medidas imediatas para o afastamento preventivo dos envolvidos dos cargos institucionais que ocupam, bem como a instauração de um processo disciplinar rigoroso e transparente para punir exemplarmente os responsáveis por esta grave violação ética e criminal. O episódio compromete a confiança depositada pelos cooperados na gestão jurídica da Unimed Cuiabá e na atuação institucional da Ordem dos Advogados.
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O IBC está sempre disposto a ouvir o outro lado e a conhecer as proposições da gestão para este ano. Contatos a respeito das matérias devem ser feitos pelo email: rp@brasilcooperado.org

