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Em entrevista, presidente interino da Unimed Leste Fluminense demonstra comprometimento com ‘gestão profissionalizada’
Luis Guilherme Teixeira dos Santos, membro da comissão de transição e candidato (em chapa única) à presidência interina da ULF, concedeu entrevista exclusiva ao IBC News, sobre os desafios e expectativas para este novo ciclo da cooperativa.
GERAL
Redação
11/21/2024
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A Unimed Leste Fluminense estava em um mal caminho. Pelo menos, foi a esta conclusão que chegaram os cooperados que – em AGE – destituíram os antigos dirigentes e colocaram no lugar uma comissão de transição composta por 15 membros e liderada por Luis Guilherme.
Veja abaixo a íntegra da entrevista que fizemos com o próximo presidente da cooperativa.
Entrevista
IBC News: o senhor assumiu a cooperativa, interinamente, por nomeação da Assembleia, em 30 de outubro. O que já é possível nos dizer sobre o atual estado financeiro da Unimed Leste Fluminense?
Luis Guilherme: somos 15 pessoas na comissão e temos nos dividido para mapear todos os processos. Até aqui, o que temos encontrado é uma desorganização extrema associada à falta de processos internos que geram NIPs e prejuízo financeiro. Temos, também, uma folha inchada desproporcional ao nosso tamanho.
O déficit mensal está em torno de R$10 a R$14 milhões, onde consolidado – para este ano – já temos um prejuízo de R$76 milhões.
A situação se agravou porque a gestão anterior foi incapaz de prestar contas ao cooperado. Não sabíamos a quem devíamos, quanto devíamos e por que devíamos.
IBC News: faltando apenas dois meses para conclusão do exercício fiscal, o que os senhores acreditam ser possível resolver ainda neste ano?
Luis Guilherme: acredito que até o fim do ano conseguiremos, ao menos, negociar as dívidas feitas pela gestão anterior e otimizar a operação.
A Delloite está nos auxiliando e contratamos pessoas experientes no mercado para auxiliar no saneamento da empresa e colocar a Unimed no trilho e, principalmente, fazer com que ela seja boa para o cooperado.
Atualmente, a nossa cooperativa destina apenas 13% do que é recebido em contraprestações (o dinheiro que o beneficiário paga pelo plano) para cobrir honorários médicos. É preciso ampliar este valor, colocar o cooperado no orçamento.
Em nossa cooperativa, hoje, o médico é grande nas obrigações – como na cobertura continuada de perdas financeiras –, mas pequeno nos direitos, pequeno no orçamento, pequeno nos ganhos. Queremos mudar isso, construindo uma gestão profissional que sirva ao médico.
Faremos um trabalho profissional, colegiado e para todos.
IBC News: Quando a cooperativa convocará eleição suplementar? O senhor pretende se candidatar a algum cargo?
Luis Guilherme: a eleição já está marcada para o dia 27 de novembro. Protocolamos uma chapa – e fomos os únicos a fazer.
Nossa chapa tem como base os membros da comissão de transição indicada pela Assembleia. São pessoas capazes e comprometidas com o sucesso de todos os cooperados – o que é fundamental para darmos continuidade, durante todo o mandato interino, ao trabalho que já está sendo feito na transição.
Vamos atualizar a governança da Unimed Leste Fluminense, por meio de uma mudança do Estatuto Social, a ideia é modernizar o seu funcionamento através de um conselho consultivo profissional.
IBC News: medidas duras, como deflatores ou teto de pagamentos para prestadores, estão sendo analisadas para a contenção do custo assistencial?
Luis Guilherme: no momento, não cogitamos tais atos visto que temos identificado diversos processos que, quando otimizados, gerariam ganhos à companhia.
A consultoria da Delloite também deverá ter um impacto importante neste processo decisório, que busca sanear a empresa.
No entanto, neste momento – em que se realiza uma mudança de gestão, comprometida com a profissionalização – necessitaremos da compreensão e da ajuda de todos os envolvidos para podermos, juntos, sermos grande novamente.
IBC News: quais as principais diferenças o senhor espera que exista entre a Unimed assumida na noite da última quarta-feira e a Unimed que entregarão ao fim dessa gestão interina?
Luis Guilherme: a principal diferença será a transparência e a honestidade dos dados. O mercado e os cooperados têm o direito de saber a verdade dos fatos, tanto para tomarem suas decisões como também para nos auxiliar no processo.
Iremos readquirir a credibilidade entre nossos pares e no sistema da saúde suplementar, para podermos ter uma empresa sustentável novamente em menos de um ano.
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O IBC está sempre disposto a ouvir o outro lado e a conhecer as proposições da gestão para este ano. Contatos a respeito das matérias devem ser feitos pelo email: rp@brasilcooperado.org