Diretoria interina falha em corrigir rotas e aprofunda crise financeira na Unimed Belém

Dra. Liane foi eleita para resolver os problemas financeiros da cooperativa que atravessou dificuldades nos anos de 2021 e 2022, mas – sob sua gestão – 2023 foi pior que 2022 e 2024 já promete ser pior que 2021.

GERAL

Redação

9/6/2024

2020 foi um ano maravilhoso para as operadoras de saúde. A pandemia da COVID-19 represou a demanda médica ao cancelar tratamentos eletivos de forma geral.

Na Unimed Belém, não foi diferente: encerraram aquele ano com R$88 milhões de resultado positivo.

O baque veio no ano seguinte. 2021 foi difícil para todas as operadoras do Brasil, mas foi dramático para a cooperativa de Belém: R$110 milhões em perdas.

A promessa de reestruturação para o ano seguinte não foi completamente cumprida e 2022 fechou com mais R$13 milhões em perdas.

A partir daí, os cooperados – em AGE – removeram a antiga gestão e convocaram novas eleições. Dra. Liane e sua chapa foram os vencedores.

A missão dos novos eleitos era clara: colocar as contas em ordem.

Os cooperados, no entanto, não viveram esses dias melhores. 2023 se encerrou com quase R$42 milhões em perdas.

Tudo deveria melhorar em 2024. O ano tem sido maravilhoso para as operadoras de saúde. Os resultados nacionais – do primeiro e segundo trimestre – estão melhores do que os obtidos no “mundo pré-pandêmico”.

Contudo, na Unimed Belém, tudo piorou. O primeiro trimestre de 2024 foi pior que o primeiro trimestre de 2021. O segundo trimestre de 2024 também foi pior que o segundo trimestre de 2021.

As perdas acumuladas apenas nos 6 primeiros meses do ano já são de R$37 milhões.

O custo assistencial saiu do controle. Enquanto as outras Unimeds de grande porte conseguiram, em 2024, colocar a sinistralidade abaixo dos 80%, a Unimed Belém está com uma sinistralidade perto dos 94%.

Algo tem de ser feito e é urgente que se faça.

Quem se coopera, não se coopera para receber sobras nem para devolver perdas. O objetivo do cooperado é bem trabalhar, corretamente receber e não ter surpresas no fim ano.

O Instituto Brasil Cooperado espera que a diretoria consiga encontrar a rota para o fim da crise.

O IBC está sempre disposto a ouvir o outro lado e a conhecer as proposições da gestão para este ano. Contatos a respeito das matérias devem ser feitos pelo email: rp@brasilcooperado.org